Posts de Adivan Zanchet

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) lançou uma nova normativa que promete acelerar os procedimentos de regularização fundiária em Unidades de Conservação (UCs) federais. A medida vem ao encontro de uma demanda histórica de produtores rurais e ocupantes tradicionais que aguardam há anos a definição jurídica sobre suas posses em áreas de conservação.

A expectativa é de que a nova norma traga maior segurança jurídica, agilidade administrativa e mecanismos mais eficazes para a conciliação entre proteção ambiental e regularização territorial, especialmente em UCs de uso sustentável.

O que muda com a nova normativa?

 

A instrução normativa publicada pelo ICMBio estabelece diretrizes mais claras para os processos de análise fundiária e incorporação de áreas privadas às UCs. Entre os avanços, destacam-se:

  • Padronização dos procedimentos para análise dominial, vistoria técnica e avaliação de benfeitorias;

  • Critérios objetivos para comprovação da posse ou propriedade legítima, com prazos mais definidos;

  • Possibilidade de conciliação extrajudicial, reduzindo o tempo e os custos do processo;

  • Valorização da ocupação consolidada e produtiva, especialmente em Reservas Extrativistas e Reservas de Desenvolvimento Sustentável;

  • Criação de instrumentos que viabilizam a indenização mais célere de imóveis e benfeitorias inseridos em UCs de proteção integral.

Com a nova norma, o ICMBio busca estruturar um fluxo contínuo de regularização, envolvendo parcerias com órgãos fundiários, como o Incra, e apoio técnico de entidades estaduais e municipais.

Segurança jurídica para ocupantes e investidores

A ausência de regularização fundiária em UCs gera um cenário de insegurança para centenas de produtores, comunidades tradicionais e até mesmo projetos de manejo sustentável que atuam com autorização provisória. A nova normativa abre caminho para a formalização definitiva da posse ou da indenização, conforme o caso, destravando investimentos e reconhecendo o direito à permanência daqueles que cumprem os requisitos legais.

Para o setor produtivo, isso representa uma oportunidade de:

  • Evitar litígios prolongados com a União;

  • Regularizar registros imobiliários, facilitando o acesso a crédito rural e programas públicos;

  • Transformar áreas questionadas em ativos legais e valorizados.

Como a Martins Zanchet pode apoiar

Com ampla atuação em regularização fundiária e Direito Ambiental, o escritório Martins Zanchet Advocacia Ambiental está preparado para auxiliar proprietários, comunidades e empreendedores na aplicação prática da nova norma do ICMBio.

Oferecemos:

  • Levantamento jurídico-documental da área;

  • Acompanhamento de vistorias e processos administrativos de indenização;

  • Interlocução com o ICMBio e órgãos parceiros;

  • Defesa de direitos legítimos em disputas fundiárias;

  • Pareceres técnicos e jurídicos para consolidação dominial.

Conclusão

A nova regulamentação do ICMBio representa um avanço significativo na política de regularização fundiária em áreas ambientalmente protegidas. Ao conciliar proteção da biodiversidade com valorização de ocupações legais e produtivas, ela cria um ambiente institucional mais justo, previsível e promissor — tanto para a conservação quanto para os legítimos ocupantes do território.

Produtores, associações e demais interessados devem se antecipar e buscar orientação qualificada para aproveitar essa oportunidade com segurança e estratégia.

Fonte: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)

 

Whatsapp      Instagram    Youtube

LinkedIn    Facebook

 

Agende uma Reunião e veja como podemos ajudar


Veja também!

Posso construir em Áreas de Preservação Permanente – APP?

Assista ao Nosso Podcast!

aOu acesse diretamente pelo nosso canal do YouTube clicando AQUI!

Filtros
Redefinir
Filtro
Redefinir
Notícias

Regularização fundiária em Unidades de Conservação: nova norma do ICMBio acelera processos e traz oportunidades

O ICMBio publicou uma nova normativa que moderniza e acelera os processos de regularização fundiária em Unidades de Conservação (UCs) federais. A medida define critérios objetivos para análise dominial, indenização e conciliação extrajudicial, além de priorizar ocupações consolidadas e produtivas. A iniciativa busca reduzir a insegurança jurídica de produtores, comunidades e investidores, promovendo conciliação entre proteção ambiental e regularização territorial.

Artigos

Como Resolver um Processo Ambiental por Ausência de DOF

A ausência do Documento de Origem Florestal (DOF) é uma das infrações ambientais mais comuns no Brasil, especialmente em atividades de transporte, armazenamento e comercialização de produtos florestais. Regulamentado pelo IBAMA, o DOF é essencial para a rastreabilidade e legalidade da madeira, carvão e outros produtos de origem florestal.

Notícias

Redefinição das Unidades de Conservação em Florianópolis: implicações jurídicas, urbanas e econômicas

A Câmara de Florianópolis discute proposta para alterar limites de Unidades de Conservação (UCs) no município, alegando necessidade de compatibilização com o plano diretor e áreas urbanas consolidadas. Ambientalistas alertam para o risco de retrocesso ambiental e violação do SNUC, que exige estudos técnicos e consultas públicas para tais mudanças. Para empreendedores e proprietários, a medida pode reduzir insegurança jurídica, mas também gerar risco regulatório e judicialização se não for baseada em critérios técnicos.

Artigos

Crime Ambiental por DOF Irregular ou Não Apresentação: Riscos, Penalidades e Como se Defender

O Documento de Origem Florestal (DOF) é obrigatório no transporte e armazenamento de produtos florestais, como madeira nativa e carvão vegetal. A ausência ou uso irregular pode gerar multas, apreensão de veículos e responsabilização criminal, com penas que variam de detenção a reclusão. Situações comuns de autuação incluem DOF vencido, rotas divergentes e fraudes documentais.

Notícias

Receita Federal e Incra implementam “malha fina do imóvel rural”: impactos, desafios e oportunidades para produtores rurais

A Receita Federal e o INCRA vão implantar a chamada “malha fina do imóvel rural”, sistema que cruza dados fundiários, ambientais e tributários para fiscalizar o ITR com mais rigor. O modelo prevê um identificador único da terra, integração com CAR, CNIR, SNCR e outros cadastros, além de declaração pré-preenchida. Para produtores, isso significa maior exposição a inconsistências cadastrais e risco de autuações, mas também mais segurança jurídica e acesso facilitado a crédito para quem estiver regularizado.

Artigos

Novo Marco do Licenciamento Ambiental: O Que Muda para Empresas e Produtores

A Lei Geral do Licenciamento Ambiental (LGL) cria um marco jurídico nacional para o licenciamento, antes regulado apenas por normas infralegais e estaduais. A nova lei traz modalidades como a Licença por Adesão e Compromisso (LAC), define prazos máximos de análise, permite aproveitamento de estudos anteriores e prevê licenciamento por etapas. Para produtores rurais e empresas, representa mais agilidade e segurança jurídica, mas exige atenção à responsabilidade técnica e ao cumprimento rigoroso das exigências.

Notícias

Taxonomia Sustentável Brasileira é aprovada: o que muda na prática para o setor produtivo

O Brasil aprovou a Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB), sistema de classificação que define critérios técnicos, ambientais e sociais para identificar atividades econômicas consideradas sustentáveis. Embora voluntária no início, a tendência é que a TSB se torne exigência para acesso a financiamentos e mercados internacionais.

Notícias

CVM divulga material informativo sobre o mercado regulado de carbono: o que muda para empresas brasileiras

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou em setembro de 2025 um FAQ sobre o futuro Mercado Regulado de Carbono, previsto no PL 412/2022. O documento explica que o sistema funcionará com base em teto de emissões, MRV (monitoramento, reporte e verificação) e créditos com valor jurídico específico, distintos do mercado voluntário.

Artigos

COP30 expõe o descompromisso ambiental do Brasil diante do mundo

A COP30 no Brasil, prevista para Belém, enfrenta uma crise logística e hoteleira que ameaça sua realização. Hospedagens escassas e com preços abusivos, improvisações em cruzeiros, motéis e escolas, além de impactos ambientais em obras de acesso, colocam em xeque a credibilidade do país como líder em sustentabilidade. A situação evidencia falta de planejamento e mercantilização de um evento que deveria simbolizar compromisso ambiental.

Notícias

CONAMA aprova nova resolução sobre supressão de vegetação nativa em imóveis rurais

O CONAMA aprovou, em 6 de setembro de 2025, resolução que uniformiza critérios para a autorização de supressão de vegetação nativa em imóveis rurais. A norma exige CAR validado, comprovação de viabilidade técnica e respeito aos limites de Reserva Legal e APPs, podendo incluir estudos ambientais conforme o caso.

Artigos

Novo Marco do Licenciamento Ambiental: O Que Esperar da Nova Lei Aprovada na Câmara dos Deputados

Aprovado em 2024 pela Câmara dos Deputados, o novo marco legal do licenciamento ambiental busca simplificar e modernizar o processo de licenciamento no Brasil. O projeto traz inovações como a Licença Ambiental Única (LAU), prazos máximos para análise e a digitalização dos processos.

Notícias

Incerteza jurídica marca situação de proprietários em área da Barragem do Capingui (RS)

Proprietários no entorno da Barragem do Capingui (RS) receberam notificação da CEEE-G para desocupação em 30 dias, sob alegação de risco à segurança e ao meio ambiente. Moradores contestam, citando ocupação consolidada e falta de diálogo.

Artigos

Embargo de Obra: O Que Fazer Para Regularizar e Retomar a Construção

O setor da construção civil enfrenta um aumento nas fiscalizações ambientais, o que pode resultar em multas e embargos de obras por infrações ambientais. A legislação exige licenciamento prévio para muitas atividades, e o não cumprimento pode resultar em penalidades severas.

Notícias

Justiça Federal determina demolição de bar construído irregularmente na Lagoa da Conceição (SC)

O TRF4 manteve a decisão que ordena a demolição de um bar construído irregularmente às margens da Lagoa da Conceição, em Florianópolis (SC). O imóvel ocupava terreno de marinha e Área de Preservação Permanente (APP), sem licenciamento ambiental. A Justiça determinou, além da demolição, a recuperação da área degradada.

Notícias

STF realiza audiência pública sobre políticas ambientais no estado de São Paulo

O ministro Flávio Dino, do STF, abriu audiência pública sobre políticas ambientais de São Paulo, no âmbito da ADPF 857, que questiona retrocessos na legislação estadual. O debate envolve a Lei 17.557/2022 e o Decreto 67.749/2023, que teriam flexibilizado critérios para supressão de vegetação nativa. A audiência reúne especialistas, órgãos públicos e sociedade civil para subsidiar o julgamento e discutir os impactos das mudanças.