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Lei do Combustível do Futuro sancionada por Lula visa atrair R$ 200 bilhões em investimentos e impulsionar a transição energética no Brasil

A Lei do Combustível do Futuro, sancionada por Lula, estabelece diretrizes para a transição energética no Brasil, promovendo biocombustíveis e hidrogênio verde. A medida deve atrair R$ 200 bilhões em investimentos e gerar empregos, fortalecendo a modernização do setor energético.

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O Brasil deu mais um passo decisivo rumo à transição energética com a sanção da Lei do Combustível do Futuro (Lei nº 14.993/2024), assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A nova legislação estabelece diretrizes para o desenvolvimento e a implementação de fontes energéticas mais limpas e sustentáveis, com o objetivo de reduzir a dependência de combustíveis fósseis e promover o uso de biocombustíveis e energias renováveis no país. A expectativa é de que essa medida atraia cerca de R$ 200 bilhões em investimentos, impulsionando a modernização do setor energético nacional.

De acordo com a Agência Brasil, a Lei do Combustível do Futuro cria um marco regulatório para incentivar o desenvolvimento de tecnologias voltadas para a produção de biocombustíveis avançados, hidrogênio verde, e outros combustíveis sustentáveis, além de estimular a eficiência energética no setor de transportes. O Brasil, que já é um dos maiores produtores de biocombustíveis do mundo, se posiciona de forma estratégica para liderar essa transição energética.

Incentivos ao Desenvolvimento Tecnológico e Sustentabilidade

A nova lei traz uma série de dispositivos que visam fomentar a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias relacionadas à produção e ao uso de biocombustíveis de segunda geração e combustíveis sintéticos, essenciais para a descarbonização de setores como o de transporte pesado e aviação, que ainda dependem fortemente de combustíveis fósseis. Conforme previsto no artigo 3º da lei, o governo federal deverá criar incentivos fiscais e creditícios para estimular a indústria e as instituições de pesquisa a inovarem na produção desses combustíveis.

A Lei nº 14.993/2024, sancionada em outubro de 2024, estabelece metas ambiciosas de redução de emissões de carbono no setor de transporte, com destaque para o uso crescente de hidrogênio verde, considerado um dos combustíveis mais promissores para a transição energética global. O Brasil, com sua vasta capacidade de produção de energia renovável, se encontra em uma posição privilegiada para explorar esse potencial, atraindo investidores nacionais e internacionais interessados em participar da revolução energética.

Impacto Econômico e Geração de Empregos

Com a estimativa de atrair R$ 200 bilhões em investimentos, a Lei do Combustível do Futuro tem o potencial de transformar a matriz energética do país e gerar milhares de empregos diretos e indiretos em áreas como pesquisa, desenvolvimento, produção e distribuição de combustíveis renováveis. Segundo o Correio do Brasil, os investimentos se concentrarão em projetos de infraestrutura voltados à produção de biocombustíveis e hidrogênio verde, além de iniciativas de modernização da frota de veículos e do setor de transportes como um todo.

O presidente Lula destacou, durante a cerimônia de sanção da lei, a importância de promover uma transição energética que gere desenvolvimento econômico e social. Ele ressaltou que o Brasil tem condições de liderar essa mudança global, especialmente no setor de biocombustíveis, onde já possui tecnologia consolidada e uma cadeia produtiva estruturada.

O Papel Estratégico do Hidrogênio Verde

Entre os principais pontos da nova legislação, o hidrogênio verde ocupa uma posição de destaque. Esse combustível, produzido a partir de fontes renováveis, como a energia solar e eólica, é visto como fundamental para a descarbonização de setores industriais que consomem grandes quantidades de energia. A produção de hidrogênio verde no Brasil tem potencial para posicionar o país como líder global nessa área, aproveitando as condições naturais favoráveis e a infraestrutura energética já existente.

O artigo 7º da Lei prevê a criação de um programa nacional para fomentar o uso do hidrogênio verde, além de metas de produção e consumo para os próximos anos. A meta é que o Brasil se torne um dos maiores exportadores desse combustível, atendendo à demanda crescente de mercados internacionais por energias limpas.

Desafios e Oportunidades

Apesar das grandes expectativas, a implementação da Lei do Combustível do Futuro enfrentará desafios, como a necessidade de investimentos em infraestrutura e tecnologia, além da criação de um ambiente regulatório estável e previsível para atrair investidores. Durante o anúncio da lei, Lula ressaltou que os ministros devem “focar no cumprimento das metas e não inventar novos obstáculos”, deixando claro que o governo pretende atuar de forma proativa para garantir a eficácia da lei e o cumprimento das metas estabelecidas.

A medida também alinha o Brasil aos compromissos internacionais de combate às mudanças climáticas, como o Acordo de Paris, que prevê a redução das emissões globais de gases de efeito estufa. A nova legislação visa, ainda, melhorar a competitividade do Brasil no cenário global, atraindo novos investimentos em energia renovável e tecnologias limpas.

Conclusão

A Lei do Combustível do Futuro representa um marco na transição energética brasileira, promovendo a modernização do setor de transportes e a redução da dependência de combustíveis fósseis. Com a expectativa de atrair R$ 200 bilhões em investimentos, a lei oferece uma oportunidade única para o Brasil consolidar sua posição como líder global na produção de biocombustíveis e hidrogênio verde, ao mesmo tempo em que fortalece sua estratégia de desenvolvimento sustentável.

A íntegra da Lei nº 14.993/2024 pode ser acessada no site do Planalto, onde estão detalhadas todas as metas e diretrizes que orientarão a transição energética no Brasil.


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Conheça os autores

Adivan Zanchet

OAB/RS 94.838 || OAB/SC 61.718-A || OAB/SP 521767

Advogado e Professor especialista em Direito Ambiental pela Escola Verbo Jurídico, e em Direito Agrário e do Agronegócio, pela FMP – Fundação Escola Superior do Ministério Público. Sócio-fundador e CEO do escritório MartinsZanchet Inteligência Ambiental Para Negócios. Como Advogado Ambiental, tem sua expertise voltada para Responsabilidade Civil Ambiental. Sócio-fundador da Escola de Direito Ambiental. Sócio-fundador do Canal no YouTube e Podcast Inteligência Ambiental, maior canal do Brasil sobre a matéria de Direito Ambiental. Membro da União Brasileira de Advogados Ambientais (UBAA). Autor de diversos artigos, dentre eles “Responsabilidade Civil Ambiental: as dificuldades em se comprovar o nexo causal”.

Tiago Martins

OAB/PA 19.557 || OAB/SC 68.826-A || OAB/SP 518418

Advogado e Professor de Direito Ambiental com maior atuação no contencioso cível, administrativo e penal ambiental, além de prestar consultoria e assessoria ambiental. É Mestre em Direito e Desenvolvimento Sustentável: Direito e Políticas Públicas pelo Centro Universitário do Pará – Belém. Especialista em Direito Público com Ênfase em Gestão Pública e Capacitação para o Magistério Superior pelo IBMEC São Paulo. Conselheiro Seccional Suplente – OAB/PA. Conselheiro Suplente no Conselho de Desenvolvimento Urbano de Belém/PA. Professor Universitário de Graduação e Pós-Graduação, focado em Direito Ambiental, Direito Administrativo e Direito Constitucional. Sócio-fundador da Escola de Direito Ambiental. Sócio-fundador do Canal no YouTube e Podcast Inteligência Ambiental, maior canal do Brasil sobre Direito Ambiental. Professor em preparatórios para concursos públicos e exame de ordem, com foco em Direito Ambiental e Ética Profissional. Membro da União Brasileira de Advogados Ambientais (UBAA).

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