COP 16 destaca créditos de biodiversidade como novo pilar da sustentabilidade global
Na COP 16, os créditos de biodiversidade ganham destaque como ferramenta para preservar ecossistemas e incentivar práticas empresariais sustentáveis. Apesar de desafios na regulamentação, a medida representa um avanço na agenda ambiental global, unindo preservação e metas climáticas.
A 16ª Conferência das Partes (COP 16), realizada neste mês, marca um momento decisivo para a agenda ambiental global, com a introdução dos créditos de biodiversidade como um tema central. A conferência, que reúne líderes mundiais, especialistas e representantes de organizações internacionais, vem consolidando novas abordagens para a preservação dos ecossistemas e a mitigação dos impactos ambientais causados por atividades econômicas.
Créditos de Biodiversidade: Uma nova fronteira para a sustentabilidade
Durante a COP 16, os créditos de biodiversidade ganharam destaque como uma ferramenta inovadora para a proteção de ecossistemas e a promoção da sustentabilidade. Inspirados nos já consolidados créditos de carbono, esses novos instrumentos visam recompensar iniciativas que protejam, restaurem e promovam a biodiversidade, incentivando práticas empresariais mais responsáveis.
No entanto, a implementação dos créditos de biodiversidade ainda enfrenta desafios significativos, especialmente relacionados à falta de recursos e de regulamentações específicas. Embora o tema tenha finalmente recebido a devida atenção, especialistas apontam para a necessidade urgente de um consenso global sobre os parâmetros de certificação e monitoramento dessas iniciativas. O objetivo é garantir que os créditos de biodiversidade sejam efetivos na conservação dos ecossistemas e promovam ações que vão além das metas de redução de emissões.
A importância de uma abordagem integrada
A COP 16 vem promovendo debates em torno da necessidade de integrar a agenda de preservação da biodiversidade com as metas climáticas já estabelecidas. O conceito de créditos de biodiversidade surge como um complemento às estratégias de mitigação climática, ajudando a conectar as ações de preservação de florestas, recuperação de áreas degradadas e conservação da fauna e flora com os compromissos ambientais assumidos pelos países signatários do Acordo de Paris.
Nesse contexto, empresas de setores como energia, agronegócio e mineração começam a considerar os créditos de biodiversidade como uma forma de melhorar sua imagem corporativa e agregar valor às suas ações de sustentabilidade. A Iberdrola, uma das principais líderes globais no setor de energia renovável, tem desempenhado um papel ativo na COP 16, reforçando seu compromisso com a preservação de ecossistemas marinhos e terrestres. A companhia, que já trabalha há anos com iniciativas de restauração de habitats, vê nos créditos de biodiversidade uma oportunidade de expandir suas práticas ambientais para além da redução de emissões de carbono.
Desafios e oportunidades para o futuro
Embora os créditos de biodiversidade representem um avanço nas discussões ambientais, a COP 16 revelou que há um longo caminho a ser percorrido para consolidar essa nova abordagem. A falta de um mercado regulamentado e a necessidade de maior clareza sobre como mensurar e certificar a preservação da biodiversidade são questões que precisam ser abordadas nas próximas edições da conferência.
No entanto, a crescente atenção dada ao tema reflete um movimento positivo em direção a uma economia mais sustentável e comprometida com a preservação dos recursos naturais. Com a implementação de práticas que incentivem a conservação da biodiversidade, espera-se que os países possam avançar não apenas na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, mas também na construção de um futuro mais equilibrado para as próximas gerações.
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Conheça os autores
Adivan Zanchet
OAB/RS 94.838 || OAB/SC 61.718-A || OAB/SP 521767
Advogado e Professor especialista em Direito Ambiental pela Escola Verbo Jurídico, e em Direito Agrário e do Agronegócio, pela FMP – Fundação Escola Superior do Ministério Público. Sócio-fundador e CEO do escritório MartinsZanchet Inteligência Ambiental Para Negócios. Como Advogado Ambiental, tem sua expertise voltada para Responsabilidade Civil Ambiental. Sócio-fundador da Escola de Direito Ambiental. Sócio-fundador do Canal no YouTube e Podcast Inteligência Ambiental, maior canal do Brasil sobre a matéria de Direito Ambiental. Membro da União Brasileira de Advogados Ambientais (UBAA). Autor de diversos artigos, dentre eles “Responsabilidade Civil Ambiental: as dificuldades em se comprovar o nexo causal”.
Tiago Martins
OAB/PA 19.557 || OAB/SC 68.826-A || OAB/SP 518418
Advogado e Professor de Direito Ambiental com maior atuação no contencioso cível, administrativo e penal ambiental, além de prestar consultoria e assessoria ambiental. É Mestre em Direito e Desenvolvimento Sustentável: Direito e Políticas Públicas pelo Centro Universitário do Pará – Belém. Especialista em Direito Público com Ênfase em Gestão Pública e Capacitação para o Magistério Superior pelo IBMEC São Paulo. Conselheiro Seccional Suplente – OAB/PA. Conselheiro Suplente no Conselho de Desenvolvimento Urbano de Belém/PA. Professor Universitário de Graduação e Pós-Graduação, focado em Direito Ambiental, Direito Administrativo e Direito Constitucional. Sócio-fundador da Escola de Direito Ambiental. Sócio-fundador do Canal no YouTube e Podcast Inteligência Ambiental, maior canal do Brasil sobre Direito Ambiental. Professor em preparatórios para concursos públicos e exame de ordem, com foco em Direito Ambiental e Ética Profissional. Membro da União Brasileira de Advogados Ambientais (UBAA).
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